O Caminho da Luz tem início na cidade de Tombos (conhecida como Portal de Minas), a 383 Km de Belo Horizonte e termina no Pico da Bandeira. São 195 Km percorridos pelas serras do interior mineiro em sete dias de caminhada, passando por fazendas centenárias, matas, cachoeiras, cafezais e antigas estações ferroviárias. Ao longo do percurso passa-se por vários lugares impressionantes com pessoas acolhedoras prontas a receber os caminhantes de braços abertos.
O início da caminhada é na cachoeira de Tombos, com uma magnífica queda d’água, localizada na divisa de Minas Gerais com Rio de Janeiro. Na cachoeira está situada uma das primeiras hidrelétricas de Minas.
O Caminho da Luz segue a antiga estrada de ferro do leste de Minas. A primeira estação é a da cidade de Tombos.
A segunda parada é no distrito de Catuné. No percurso de Tombos até Catuné o caminhante passa pela Fazenda Oliveira (1845), importante marco da época do império, tendo ao seu redor um pedaço da Mata Atlântica bem preservada.
No segundo dia o destino é Pedra Dourada. No caminho há o belo distrito de Água Santa, onde mulheres da comunidade fazem do crochê e da renda o seu meio de subsistência. Uma característica do distrito é a presença de descendentes de italianos da família Lazzarone, que representa grande parte da população local.
O próximo destino é a cidade de Faria Lemos. Para chegar lá o caminhante passa por belas árvores centenárias, pela Pedra do Lagarto e a Cachoeira Surpresa, oportunidade irresistível para se refrescar.
O destino seguinte é Carangola, conhecida como a Princesinha da Zona da Mata. A cidade possui belos casarões antigos e muitas construções às margens do Rio Carangola, conhecido pelas freqüentes inundações no verão.
Seguindo a rota passa-se pela pequena cidade de Caiana onde é localizada a antiga estação ferroviária Parada General – Ernestina, indo para Espera Feliz que recebeu esse nome pois em sua origem os caçadores ali esperam pelos animais.
Depois de pernoitar em Espera Feliz o destino é Caparaó, passando por Pedra Menina e Quicé. Caparaó está a 814 metros de altitude, destacando-se pela cultura cafeeira.
Alto Caparaó é a última parada antes de escalar o Pico da Bandeira. A cidade foi abrigo de guerrilheiros na época da ditadura militar, sendo que a operação de captura dos mesmos ainda se encontra viva na lembrança dos moradores mais antigos.
O Pico da Bandeira tem esse nome em virtude de Dom Pedro II ter determinado, em 1859, que fosse fincada uma bandeira do Império no ponto mais alto da Serra do Caparaó. Com 2982 metros de altitude, é o terceiro mais alto do país e o mais acessível. De seu cume tem-se uma visão de 360 graus.
Durante os sete dias de caminhada o peregrino tem a companhia de exuberante natureza e tempo suficiente para refletir sobre a própria vida. Vale a pena fazer este desafio.
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